Justificativa
O PROJETO “Juazeiros da Justiça”, implementado na gestão 2023-2024, na Escola de Magistratura do Rio Grande do Norte, faz parte do “Circuito Esmarn 2023” que interiorizou vivências, capacitações e motivação desenvolvidas pela Escola nas Comarcas do interior do Estado.
O “Juazeiros da Justiça” faz alusão àqueles que mesmo enfrentando dificuldades, tal qual a árvore que lhes dá nome, contribui com a coletividade. Um pé de juazeiro leva, em média 15 anos, para atingir sua fase adulta. Em seu ambiente natural de caatinga e cerrado, de médio porte, com ramos tortuosos protegidos por espinhos, se adapta bem e se torna uma árvore elegante com cerca de 15 metros de altura.
Vive 100 anos dando a sombra mais generosa do sertão e, desde a sua folha ao seu fruto, tudo se aproveita. As folhas do juazeiro estão presentes durante todo o ano e junto com os frutos são amplamente usadas como forragem para caprinos, ovinos e suínos e, até, pelos cães. Trata-se, também, de uma espécie produtora de lenha, entre outros usos.
Além disso, é um importante símbolo nordestino de aprendizado e, assim, o ato de plantar e cuidar de uma muda de juazeiro, também simboliza, o cuidar do outro, do meio em que vivemos, a preocupação com o meio ambiente e com a qualidade de vida das pessoas da comunidade.
Conforme nos diz o verso popular:
que da justiça e do amor é herdeiro.
Na seca braba,
é abrigo derradeiro.
Símbolo da educação,
é teto de estudo
pra muito doutor do sertão.
Resistente à terra enxuta,
a madeira é torta e bruta
e a bondade da sua sombra,
ajuda aquele que luta!
Igualmente a poesia, são muitas as pessoas que estudaram e, ainda, estudam à sombra de um juazeiro e da bondade daquela sombra adquiriram o conhecimento, ultrapassaram barreiras e venceram como profissionais. São muitos os trabalhadores que se aproveitaram da bondade da sombra e, ali descansaram, pernoitaram e seguiram sua labuta; são muitos os animais irracionais que fazem do pé de juazeiro, sua casa e seu abrigo.
Portanto, simbolizando a todos aqueles que trabalham e lutam por um mundo mais equilibrado ecologicamente, que lutam por “mais sombra” para todos, nasce o projeto “Juazeiros da Justiça”.
Objetivo
Plantar, em cada município do Rio Grande do Norte, na ação do Circuito Esmarn 2023, um pé de Juazeiro que será regado por uma pessoa, eleita pelos servidores e magistrados da Comarca, como guardião dessa árvore.
No mês de agosto, todos os escolhidos como guardiões do “juazeiro da justiça” se reunião na Conferência de Conclusão do Circuito ESMARN 2023 que tem como foco a importância de dar visibilidade a necessidade de cada um ser justo consigo mesmo e com o outro, promovendo assim a educação cidadã que todos merecemos e precisamos. A Conferência ocorrerá em local, data e horário preestabelecido e informado.
Metodologia
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A cada ação do Circuito que é composto por uma vivência e uma capacitação, a proposta é que o público local (servidores e magistrados) elejam, antecipadamente alguém, um juiz, servidor ou uma pessoa daquela comunidade, que seja uma pessoa realmente preocupada com a justiça, a educação e o bem estar coletivo e um local adequado para que a árvore seja plantada;
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No dia da ação do Circuito, a pessoa recebe e planta a muda de Juazeiro e fica responsável por seu desenvolvimento;
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No local será colocada uma placa contendo a logomarca do Projeto e um código de barras (QR Code) que traz informação sobre o projeto.
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A ação do ato do plantio será registrada em fotos e, se possível, filmes;
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O guardião de cada muda de juazeiro será agraciado com um certificado;
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Será realizada uma exposição de fotografias e, se possível, um documentário, para serem exibidos na Conferência de Conclusão do Circuito ESMARN 2023, em agosto de 2023, em local, data e horário a serem definidos e informados.
Como se dará a Conferência de Conclusão do Circuito ESMARN 2023?
A partir do trabalho coletivo apresentado por servidores e juízes inscritos na conferencia, serão apresentadas suas experiências em formato de micropalestras de 10 minutos intercaladas com saraus e apresentações culturais, de preferencia com talentos do próprio judiciário ou da comunidade. Muitas localidades tem projetos socioculturais beneficiados com as penas pecuniárias ou similares.
Durante a Conferencia também haverá exposição fotográfica dos homenageados com os juazeiros que pode ser física ou online, além de, se for possível, um documentário que vai mostrar um resumo do que aconteceu na 1ª etapa do Circuito, para que o aprendizado coletivo possa ser visto por mais pessoas e sirva de exemplo de como ter bem estar no trabalho, trocando a palavra reclamação por ação, com alegria e produtividade.
A iniciativa sugere que os painéis possam ser disponibilizados no site da Esmarn e que a Conferencia se torne anual, fazendo parte da agenda da Escola de Magistratura para que seus alunos possam transcender ao estado passivo de aprendizado e passem ao protagonismo do compartilhamento de conhecimento.
Recursos
Mudas de juazeiro conseguidas em parceria com a UFRN;
Placas de identificação produizidas pela ESMARN;
Auditório da ESMARN ou similar;
Projeção audiovisual;
Som para micropalestras e apresentações culturais;
Apresentações culturais;
Expositores para Mostra fotográfica;
Certificados para cada guardião;
Banner do projeto;
Coquetel no encerramento da Conferencia anual.